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CONTEXTO HISTÓRICO
Os principais fatos históricos relacionados com o Romantismo são:
Revolução Francesa (1789-1799);
Invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte (1807);
Chegada da Família Real ao Brasil (1808);
Independência do Brasil (1822).
AUTORES
O Romantismo é um dos maiores movimentos de arte dos séculos XVIII e XIX, por esse motivo, centenas de autores fizeram parte do romantismo. Hoje destacaremos apenas três deles, que são:
- Aluísio Azevedo (1857-1913) foi um escritor brasileiro. "O Mulato" foi o romance que iniciou o Movimento Naturalista no Brasil. Foi também caricaturista, jornalista e diplomata;
- Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português. Autor do poema Os Lusíadas, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo Português;
- José de Alencar (1829-1877) foi um romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista. O principal romancista brasileiro da fase romântica;
CARACTERÍSTICAS
As características do romantismo variam a cada país, mas conseguimos ver algumas semelhanças em comum.
- Egocentrismo (o indivíduo é encarado como o centro do mundo);
- Sentimentalismo exacerbado;
- Nacionalismo;
- Idealização do amor e da mulher;
- Tom depressivo (um discurso que exalta a fuga da realidade, seja pela morte, pelo sonho ou ainda pela própria arte).
FASES
Romantismo ultra-sentimental: As obras no geral exaltam a morte ou a loucura como fugas de uma realidade desastrosa. No Brasil, Álvares de Azevedo pode ser lido como um autor que dialoga com essa tendência romântica;
Romantismo social: Tendo como principal expoente o escritor francês Victor Hugo, essa vertente romântica é caracterizada por representar a miséria do povo e denunciar as mazelas sociais que ocorriam com os grupos marginalizados da sociedade;
Romantismo nacionalista: Ainda sob influência de Victor Hugo, diversos autores construíram obras com forte tom nacionalista. O movimento indianista brasileiro, produzido por autores como Gonçalves Dias e José de Alencar, dialoga com essa tendência.
- O Guarani: publicado em 1857, narrado em terceira pessoa a obra tem como espaço uma fazenda e as florestas no interior do Estado do Rio de Janeiro;
- Os Lusíadas: publicado em 1572, Camões narra as conquistas do povo português na época das grandes navegações;
- O Cortiço: Publicado em 1890, A obra retrata a vida das pessoas simples em um cortiço (habitação coletiva) do Rio de Janeiro. Com um teor crítico, trata-se de uma exímia representação da realidade brasileira do século XIX.
AUTORES
- Émile Zola (1840-1902) foi um escritor e jornalista francês, o criador do romance "experimental". Desejava que sua obra modificasse a sociedade;
- Aluísio Azevedo (1857-1913) foi um escritor brasileiro. "O mulato" foi o romance que iniciou o movimento naturalista no Brasil. Foi também caricaturista, jornalista e diplomata;
- Eça de Queirós (1845-1900) foi um escritor português. "O crime do padre Amaro" foi seu primeiro grande trabalho, um marco inicial do realismo em Portugal. Foi considerado o melhor romance realista português do século XIX;
- Adolfo Caminha (1867-1897) foi um escritor brasileiro. Um dos principais representantes do naturalismo no Brasil. Sua obra, densa, trágica e pouco apreciada na época, é repleta de descrições de perversões e crimes;
- Inglês de Sousa (1853-1918) foi um escritor, advogado, professor, jornalista e político brasileiro, tido como introdutor do Naturalismo na literatura brasileira por meio do seu romance "O coronel sangrado, publicado em Santos em 1877.
- Objetivismo e impessoalidade: linguagem precisa, científica, focada na narração dos fatos e livre de indagações subjetivas;
- Retrato dos marginalizados: a população marginalizada passa a ser retratada - negros, prostitutas, homossexuais etc;
- Linguagem oral e vida real: a linguagem se torna mais popular e a vida real é descrita de forma fidedigna - cenas de sexo, assassinato, relações homoafetivas compõem as obras naturalistas;
- Determinismo: o homem está submetido a leis de "causa e consequência", ou seja, é determinado a viver sob o que manda seu destino e seu meio;
- Zoomorfismo: aproximação do homem a características animalescas, ou seja, o homem é um animal que age a partir de seus instintos;
- Positivismo: o conhecimento científico é o único verdadeiro e aceitável;
- Evolucionismo: o homem sobrevive e se adapta ao seu meio de acordo com a sua seleção natural.
OBRAS
- O Cortiço: publicado em 1890, a obra retrata a vida das pessoas simples em um cortiço (habitação coletiva) do rio de janeiro. Com um teor crítico, trata-se de uma exímia representação da realidade brasileira do século XIX;
- Bom-Crioulo: considerado um dos primeiros romances a retratar a homossexualidade do Brasil, o Bom-Crioulo gira em torno do amor entre Amaro, escravo foragido aceito na marinha, e Aleixo, jovem branco e frágil;
- O Missionário: a obra narra a paixão do padre Antônio de Moraes pela mameluca clarinha, moça jovem que desperta no protagonista instintos de libido e o coloca em situações de conflito contra a sua posição de vida;
- O Ateneu: O Ateneu é o nome dado a um colégio interno para meninos onde estudou Sérgio, narrador que, na vida adulta, relata sobre sua experiência no internato. A história gira em torno de temáticas como amadurecimento, amizades e inimizades, amor e violência. É um romance que apresenta traços realistas e naturalistas.
CONTEXTO HISTÓRICO
O realismo surgiu na segunda metade do século XIX. Foi essencialmente uma reação ao idealismo da literatura romântica. O próprio romantismo, aliás, surgido no mesmo século, já vinha abandonando o idealismo, como se pode ver na obra do francês Victor Hugo, que não apresentava essa tendência em seus livros.
AUTORES
- Valorização da objetividade e dos fatos;
- Impessoalidade, apagamento das ideias do autor;
- Descrições de tipos sociais ou situações típicas;
- Fim das idealizações: retratos de adultério. miséria e fracasso social;
- Prevalência das formas do romance e do conto;
- Frequentes críticas ás hipocrisias da moralidade da nova classe dominante, a burguesia;
- Aceitação da realidade tal como ela é, em oposição aos anseios de liberdade dos românticos;
- Esteticismo: linguagem culta e estilizada, escrita com proporção e elegância;
- Tentativa de explicar o real, recorrendo muitas vezes á ciência ou ao determinismo;
- Abordagem psicológica dos personagens como como composição da realidade que veem.
CONTEXTO HISTÓRICO
O Parnasianismo surgiu na França durante o século XIX, com o objetivo na criação de "poesias perfeitas" em oposição aos movimentos literários Realismo e Naturalismo, contrariando totalmente á prosa, já que o movimento foi essencialmente poético.
O Parnasianismo, no Brasil, foi um estilo poético que marcou a elite literária brasileira do final do século XIX, já que, entre os fundadores da Academia Brasileira de Letras, criada em 1897, a maioria dos poetas eram parnasianos.
AUTORES
- Alberto de Oliveira (1857-1937) foi um poeta do Parnasianismo e professor brasileiro, considerado o mais perfeito dos parnasianos. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras;
- Raimundo Correia (1859-1911) foi um poeta brasileiro, um dos mais destacados poetas do Parnasianismo, movimento essencialmente poético que reagiu contra os abusos sentimentalistas dos românticos;
- Olavo Bilac (1865-1918) foi um poeta, contista e jornalista brasileiro. É o autor da letra do Hino à Bandeira. Foi um dos principais representantes do Movimento Parnasiano que valorizou o cuidado formal do poema, em busca de palavras raras, rimas ricas e rigidez das regras da composição poética. É membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
CARACTERÍSTICAS
- Idealização da arte pela arte;
- Busca da perfeição formal;
- Preferência pelo soneto;
- Preferência pela descrição;
- Rimas raras;
- Vocabulário culto;
- Objetivismo;
- Racionalismo;
- Universalismo;
- Apego á tradição clássica;
- Gosto pela mitologia greco-latina;
- Rejeição do lirismo;
OBRAS
Em Meridionais (1884), Alberto de Oliveira alcança a impassibilidade preconizada pela estética parnasiana. Descreve cenas e objetos, assentando-lhe os traços os traços físicos capazes de impressionar os sentidos: cores, sons, sensações táteis;
Poesias (1888), livro de estreia do parnasiano Olavo Bilac, contém a via láctea, coleção de sonetos de temática amorosa que, em franca ruptura com o sentimentalismo romântico, caracteriza-se pela moderação e contenção neoclássicas;
Sinfonias (1883), onde se encontra um dos mais conhecidos sonetos da língua portuguesa, "As Pombas". Este poema valeu a Raimundo Correia o epíteto de "o poeta da pombas", que ele em vida tanto detestou.
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CONTEXTO HISTÓRICO
Foi um importante movimento literário do século XIX. Autores como Baudelarie, Rimbaud, Camilo Pessanha e Cruz e Souza são alguns dos escritores que produziram tal estética, com visões de mundo bastante pessimistas e uma linguagem marcada pela imprecisão e sugestão.
Pode ser caracterizado como uma arte profundamente marcada pelo pessimismo em relação á existência, espaço marcado, agora, pela desilusão.
AUTORES
Eugênio de Castro (1869-1944) foi um importante poeta português, o pioneiro do movimento simbolista em Portugal. Foi também professor universitário em Coimbra;
Cruz e Souza (1861-1898) foi o mais importante poeta simbolista brasileiro. Com os livros: Missal (poemas em prosa) e Broquéis (versos) inaugurou oficialmente o simbolismo no Brasil;
Camilo Pessanha (1867-1926) foi um poeta português, o melhor representante do Simbolismo de Portugal. Sua poesia é marcadamente pessimista, sendo notória sua rejeição pelo mundo material;
Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) foi um poeta brasileiro, um dos principais representantes do movimento simbolista no Brasil.
CARACTERÍSTICAS
- Constante aproximação entre a música e a poesia;
- Utilização de recursos literários como, por exemplo, a aliteração (repetição de um fonema consonantal), assonância (repetição de fonemas vocálicos) e onomatopeia;
- Caráter individualista;
- Oposição ao racionalismo, materialismo e cientificismo;
- Desconsideração das questões sociais abordadas pelo Realismo e Naturalismo;
- Fantasia e mistério ;
- Misticismo, religiosidade e sublimação;
- Ampla valorização da espiritualidade humana;
- Distanciamento das questões sociais geralmente abordadas pelo Realismo e Naturalismo;
- Valorização do inconsciente e do consciente humano, rompendo com as barreiras impostas pela racionalidade;
- Universo onírico e transcendental;
- Total negação aos valores preconizados pelo Naturalismo e pelo Realismo;
- Produção de obras de arte baseadas na intuição, descartando a lógica e a razão;
- Linguagem fluida e musical;
- Criação de obras de arte valorizando a intuição e descartando a racionalidade e a lógica.
- Cristalizações da Morte, por Eugênio de Castro;
- Clepsidra, por Camilo Pessanha;
- Broquéis, por Cruz e Souza;
- Câmara Ardente, por Alphonsus de Guimaraens.
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